Quando vender um produto é a finalidade, nada é aleatório, nada é decidido sem critério.
Algumas iniciativas de branding nos acompanham desde sempre, e a gente nem sempre presta atenção.
Uma das peças de design que eu mais gosto são os pôsteres de filmes. Mesmo com a massificação das mídias eletrônicas, o formato ficou eternizado, e resiste desde que o cinema é cinema. As vezes a gente só tem contato com um pôster pela tela do computador, mas mesmo assim, não se promove um filme sem ter um.
Com tanto tempo de venda de um produto, as produtoras de filmes acabaram ficando extremamente eficazes na atividade de produzir cartazes. Por isso, mesmo que a gente não note, os pôsteres seguem padrões que não tem nada de aleatórios.
Esse video, produzido pela revista Vanity Fair, mostra um designer de cartazes de filme explicando o que está por trás da grande maioria dos filmes lançados nos Estados Unidos. É fantástico.
Deixando claro: design não é arte
Isso tem um lado decepcionante, sim. Quando você percebe as semelhanças entre as peças, pode sentir que eles não usam toda a criatividade. Porém, isso reforça aquilo que sempre repito: DESIGN NÃO É ARTE.
Design (e branding, como parte do todo), é uma atividade cujo objetivo final é uma compra. A Arte deve incitar uma reflexão, uma emoção, um estado de espírito. São coisas bem diferentes, apesar de que design com certeza bebe na fonte da arte para se atualizar.
Por isso, quando um empresário contrata um designer para criar peças de branding para seu negócio, deve estar mais atento ao pensamento estratégico, como o que vemos o especialista nesse vídeo explicar. Nada pode ser aleatório quando se está vendendo um produto que é tão caro quanto um filme. Muito está em jogo.
Quando se faz uma escolha deste nível, não podemos nos ater a critérios tão subjetivos quando “não gosto de laranja com azul”, ou “minha esposa achou que não é bonito”. Se a solução oferecida resolve o problema que você tem, ela é a mais correta.
Confiram o vídeo, que está em inglês.