Esse exemplo é bom para que comecemos a mudar nossas concepções a respeito de marcas. Na maioria das vezes usamos o termo como substantivo: “essa é minha marca”, “faz uma marca para mim”, “veja a marca da Nike”. Mas nos esquecemos que marca é também um verbo. E é como verbo que o termo branding mais faz sentido.
Logo não é marca
Fazer branding não é desenhar um logotipo. O logotipo, e o cartão de visitas, e a fachada da loja são elementos de uma marca. Mas não são a marca.
A marca é tudo aquilo que cria uma impressão na mente de uma pessoa que tem qualquer tipo de contato com ela. Em termos simples, essa impressão pode ser boa ou má. Mas não apenas isso. Pode ser assertiva, amigável, luxuosa, próxima, inteligente, barata ou cara, pode ser uma infinidade de coisas.
O trabalho de branding é o de tentar identificar quais impressões você quer que sua marca cause e trabalhar para que seu cliente a perceba dessa forma. Existe concorrência demais no mercado para que você não controle esse aspecto.
Isso porque na verdade, mesmo que você nunca tenha contratado uma empresa para isso, você já faz branding. Todo empresário e todo empreendimento fazem. É impossível evitar que alguém tenha uma impressão sobre seu negócio quando entra em contato com ele.
E se por acaso ele não achou nada, isso simplesmente foi uma oportunidade perdida. Uma oportunidade que seu negócio perdeu de deixar uma impressão positiva. Essas oportunidades acontecem o tempo todo.
Quando um possível cliente liga para seu estabelecimento. Quando visita seu site. Quando pega seu cartão de visitas. Quando é atendido por seu funcionário. Quando olha suas redes sociais. Simplesmente por ter passado na frente da sua loja. Todos esses pontos de contato vão ajudando ele a criar uma imagem do seu negócio. E todas essas impressões vão ter grande impacto quando esse potencial cliente precisar decidir por uma marca para comprar.
Você é quem deve contar sua história
Se na hora da compra, ele já tiver, mesmo que sem perceber, uma imagem positiva da sua empresa, com certeza isso vai influenciar sua decisão. Se por outro lado, sua marca nunca impactou de forma nenhuma, ele não tem motivo nenhum para escolhê-la.
O pior dos cenários é quando, por algum motivo, esse cliente teve uma impressão negativa da sua marca. Se foi mal atendido, se achou mais caro do que esperava, se alguém foi frio com ele, se achou o logotipo feio, se a loja estava bagunçada, se o escritório estava com o cheiro errado. Aí, meu amigo, você perdeu a concorrência, provavelmente para alguém que está investindo na própria marca.
Minha mensagem é: não deixe sua marca largada ao acaso. Controle o máximo possível a impressão que você deixa junto aos seus potenciais clientes. Crie estratégias para que suas qualidades, e não seus defeitos, sejam percebidos por eles. Ganhe a guerra pelos corações e mentes do seu mercado.